quarta-feira, 7 de novembro de 2007

FICHAMENTO 4 - Alberes Mendonça

NASCIMENTO, Erinaldo Alves. Em busca de diálogos significativos na aulas de artes visuais. Esboço de Palestra proferida no II Seminário “Arte e Público”, ocorrido em Recife, no período de 17 a 20 de Julho de 2007, no Campus da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

RESUMO

O texto tem o enfoque para o aluno enquanto protagonista do processo educativo. Além da importância do ambiente de diálogo e de escuta entre instituições de ensino, professores e alunos. Além do mais, as aulas de artes visuais podem / devem ser envolventes numa busca de desvincular a aula apenas ao ambiente da escola. O professor deve explorar todas as possibilidades de uso de imagens e culturas diferentes, das novas tecnologias e experiência do aluno.

CITAÇÕES

“Ainda não aplicamos os conselhos de Paulo Freire.”

“A Arte é parte integrante da cultura visual de cada época, que se modifica quando mudam as relaçoes de poder e de saber.”

“O envolvimento do alunado no processo de ensino e aprendizagem é, sem dúvida, o princípio fundamental para termos aulas mais instigantes e envolventes.”

“As images elaboradas em culturas diferentes colaboram para que possamos ver os valores da nossa sociedade por outra ótica.”

COMENTÁRIOS

Existe um pré-conceito – incorporado até mesmo por uma parcela de professores de artes visuais – de que o ensino de arte tem menos importância do que outras disciplinas. O desestimulo por parte de professores e alunos é evidente. Os alunos por sua vez “empurram com a barriga.” As aulas tornam-se chatas por desinteresse e desinformação do professor de arte. Nesta perspectiva o aluno é considerado uma folha em branco incapaz de questionamentos e da produção de algo novo. Infelizmente o professor reproduz em sala de aula aquilo que ele acredita (ou desacredita).

IDEAÇÃO

Não podemos duvidar das potencialidades do alunado. O processo educativo se faz através da escuta e do diálogo. Deve ser como uma ponte onde todos os envolvidos possam caminhar. Ir e vir na busca da solução dos problemas da escola e de seu entorno. A comunidade deve estar envolvida e neste caso a experiência mostra que a participação dela é importantíssimo para saltos qualitativos. Neste contexto a arte tem se mostrado eficaz não apenas pela apropriação do aluno no processo educativo e na absorção de novos conhecimentos, mas, sobretudo, nas mudanças significativas da comunidade.

FICHAMENTO 3 - Alberes Mendonça

CUNHA, Susana Rangel Vieira da, Apontamentos sobre a Cultura Visual. Pesquisadora e professora da Faculdade de Educação da UFRGS na área de Educação Infantil e Artes Visuais.

RESUMO

É uma análise do universo visual e sua influência nos indivíduos. Reflete sobre o poder que as imagens exercem e sua desmistificação quanto a sua inocência na formação ideológica da sociedade. Muitas vezes somos levados a “ver” aquilo que querem que vejamos.

CITAÇÕES

“[...] Há intencionalidade nos dizeres das imagens, elas nunca serão um reprodução mimética de algo uma vez que elas já carregam uma interpretação de alguém sobre alguma coisa.”

“ Nosso olhar, e principalmente o das crianças, se constitui dentro de referentes culturais imagéticos e faz com que vejamos determinadas representações.”

“As pedagogias visuais, entendidas aqui como o processos educativos efetuados pelas imagens, passam a compor um currículo paralelo, dentro e fora das escolas, funcionando como uma espécie de currículo visual.”

COMENTÁRIOS

Nem sempre “ver” significa enxergar além das aparências. Precisamos ver além dos “objetos” que se nos apresentam. E para isso, muitas vezes, é necessário “enxergar” sem os olhos. Com certeza vemos melhor sem os olhos; aprimoramos os outros sentidos e passamos a enxergar o mundo e as pessoas sem a névoa enganadora das aparências que tanto a visão nos corrompe. Além disso devemos estar atentos as intencionalidades e as manipulações para o olhar. Um simples desenho pode estar carregado de informações que acabam moldando a nossa visão das coisas.


IDEAÇÃO

A diversidade do ser humano, suas qualidades e a capacidade de perceber individualmente o mundo, as coisas, me deixa muito feliz. Somos seres únicos e portanto incapazes de enxergar da mesma forma que o outro está enxergando. Nossa formação, nossa visão de mundo vai contribuir para que enxerguemos além das aparências das coisas. Esse na verdade é o grande desafio do artista, não permitir que suas produções se percam no campo minado da repetição.
Outrossim, o olho não pode e não deve ser o nosso único instrumento para enxergarmos as coisas. Indubitavelmente utilizamos os outros sentidos para “vermos” e percebermos o mundo. O mundo é aquilo que nós “vemos”.
Entretanto, precisamos ter cuidado pois os sentidos podem nos enganar. Nisto, gosto de acompanhar o pensamento dos filósofos clássicos, como Platão por exemplo, quando se referem aos sentidos dos seres humanos. Nós fazemos uso constantemente dos sentidos como se eles nos revelassem a realidade de fato. Contudo, o mundo sensível no qual fazemos parte seriam aparências, sombras de uma verdadeira realidade. Para Platão nós somos ludibriados pelos sentidos, principalmente pelo sentido da visão. Certamente este é o sentido que mais nos engana. E é bem verdade que vivemos num mundo de sombras e aparências arquitetado e mantido pela mídia.

FICHAMENTO 2 - Alberes Mendonça

NASCIMENTO, Erinaldo Alves. Trabalhos por Projetos. Sistematização. Respostas extraídas a partir das leituras de HERNÁNDEZ, Fernando. Cultura Visual, mudança educativa e projeto de trabalho. São Paulo: Artes Médicas, 2000.

RESUMO

O texto nos orienta para uma boa realização de projetos e de sua estruturação, num enfoque para a grande quantidade de informações existentes e que acabam por ficar fora do currículo escolar.

CITAÇÕES

“ O percurso não segue uma trajetória fixa de ensinar e aprender. O professor passa a atuar como orientador, que pode ajudar com algumas informações, mas que precisa aprender outras no percurso do projeto.”

“O problema pode surgir de uma questão que as crianças levem para a escola ou ser um tema emergente na imprensa.”

“O percurso não segue uma trajetória fixa de ensinar e aprender. O professor passa a atuar como orientador, que pode ajudar com algumas informações, mas que precisa aprender outras no percurso do projeto.”

COMENTÁRIOS

É imprescindível que a escola esteja atenta as necessidades dos alunos. Muitas vezes uma problemática pode ser o fio condutor para um bom projeto. Na verdade o projeto deve ser edificado a partir da existência de um “problema”. Nisto é extremamente fundamental o processo de escuta dos educandos, não deixando de considerar o que acontece dentro e fora da escola. Professores de outras disciplinas, os pais e até os funcionários da escola podem / devem estar envolvidos.

IDEAÇÃO

A escola hoje parece estar fora do contexto das mudanças ocorridas na sociedade. As exigências tecnológicas parecem estar distantes dos portões da escola. Por isso há tanta necessidade de projetos que contemplem esta nova realidade. Precisamos assumir o nosso papel de educadores e desatrofiar uma educação tão desatualizada. Precisamos ousar nos projetos tendo a certeza que para isso não existe limites. Os obstáculos muitas vezes somos nós que criamos.

FICHAMENTO - Alberes Mendonça

Entrevista: Cristóvão Buarque. Os Educadores do Futuro. Revista IstoÉ.

RESUMO

Cristóvão fala do uso de computadores nas salas de aula e da necessidade do professor atualizado e antenado nas mudanças da sociedade. A escola deve adaptar-se às exigências de um novo tempo, onde o aluno é também protagonista.

CITAÇÕES

“O professor que simplesmente não quer usar o computador é como um médico que prefere não usar uma tomografia computadorizada.”

“Em um quadro negro, quem fala de sistema solar mostra Marte num lugar, Vênus em outro. Com o computador, você põe isso em três dimensões”

“O menino que navegou à noite na internet chega na aula, de manhã, sabendo de coisas que o professor desconhece.”

COMENTÁRIOS

Vivemos um momento histórico de constantes transformações, onde a cada dia as coisas se renovam. É imprescindível que as escolas com as suas equipes de professores estejam abertos a essas mudanças. A internet está sendo acessada pelas várias camadas da população. Ela é um instrumento que pode e deve ser usado pelos professores nas salas de aulas.

IDEAÇÃO

As lan-hauses tornaram-se o ponto de encontro dos adolescentes e jovens. Lá eles vislumbram um “mundo” de informações que não encontram nas salas de aula. Com certeza estamos testemunhado um momento histórico que influenciará definitivamente a maneira de educar nas escolas.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Aula do dia 21/09/2007



A aula inicia com o professor Erinaldo nos entregando alguns relatos de experiências de professores que expõem seu projeto “Prêmio Arte na Escola”.
Em seguida, comentário com os alunos sobre a implantação da Resolução Nº 009/2006 do ensino de artes em todas as séries e modalidades nos níveis Infantil e Fundamental no Município de João Pessoa.
Onde ficamos informados como objetivo geral no ensino de arte o desenvolvimento cultural do aluno.
Socializar informações culturais, conhecimento, passeios, qual a visão que o aluno tem hoje, desafio de trabalhos o preconceito negro, visitações, cinema, promover passeios na escola, trabalhar a partir da imagem.
Foi muito bom nos professores a artes, ter em nossas mãos esta resolução, para nós ficarmos sabendo quais são nossos deveres e direitos em saber trabalhar em Artes Visuais.



Gilvanete Alcântara
Aula do dia 14/09/2007



O professor Erinaldo orienta os alunos sobre a postagem no blogger, nos entrega um roteiro, onde contém 14 objetivos que devemos cumprir para obter a nossa nota.
Em seguida Vânia apresenta seu projeto “Tudo em Suas Mãos” onde tivemos uma aula muito importante com desenhos feitos pelos seus alunos.
A aluna “Jaqueline” tem a satisfação de levar para a sala de aula um vídeo para apresentar a turma onde ela trabalha com alunos carentes no Bairro de João Pessoa sobre grafitagem.



Gilvanete Alcântara
Cultura Visual


Tomando como ponto de partida para justificar esse trabalho, segundo Fernandes Hernadez, em seu comentário sobre cultura visual a importância da presença do ensino de Arte na escola contribui para que os indivíduos fixem as representações sobre si mesmos e sobre o mundo e sobre seus modos de pensar-se.
A importância primordial da cultura visual é mediar o processo de como olhamos e como nos olhamos, e contribuir para a produção de mundos.
Muitos estudiosos da cultura visual como Chris Jenks, Nicholas Mirzoeff, Gillian Rose, John Walker e Sarah Chaplim distinguem a visão, como as possibilidades fisiológicas dos olhos e a visualidade como a construção cultural dos nossos olhares.
Oerecer condiççao para que o indivíduo desenvolva seu olhar, de modo que ele possa se aproprias desde cedo da produção da cultura na qual está inserido, dando-lhe subsídios para analisar criticamente a realidade que o cerca, esse é um dos papéis da educação, buscando a formação de indivíduos participantes da sociedade e conscientes no seu exercício de cidadania.


Referências

HERNANDEZ, Fernandes. Cultura Visual, mudança educativa e projeto de trabalho. Trad. Jussara Haubert Rodrigues. Porto Alegre: Artes Médicas Sul,2000.


Gilvanete Alcântara